O tropeiro
Naufraguei, naufraguei, não aceitei a submissão
Fugi mesmo próximo as festas de São João
Sem pé-de-moleque tropeiro, sem grandes encantos
Apenas satisfeita com os quitutes que eu mesma planto
O telefone descalça minhas esperanças
Ficamos sempre feito crianças
Gritando e berrando bobagens
Para bolinar mais tarde em verdadeiras andanças
A Pagú me abandona
Olha-me, me deixa insana
Quando olho meu sonho sorrindo pra outra
Lembro dos homens de fé que deixei na varanda
Sou pecado
Sou descalço
Quero o copo de leite
Que enfeitiçou todos os meus enfeites
Aqui em Guaianazes não ta sol, não ta frio
To sonhando acordada com o dia seis de abril
Por escolha não tem Zé, não tem padeiro
Ah, amor, não sei de seu paradeiro
Quase uso o copo de veneno...
Sua energia me traz alegria
E sua lagrima fingida
Verdadeira tirania
Tudo por ti é verdadeiro
Só não derrame em cima de mim
Suas vontades de traiçoeiro
Ai, ai, ai, homem tropeiro.
Matilda Serpente
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