Protagonismo - Feminismo
Feminismo de Internet é a bola
da vez ou é mimimi???
Após anos de
nostalgia, por sinal hoje, ela aparenta mais fraca e as coisas boas ao redor
fazem mais sentido desde que minha madrecita se foi, e retratar alguns dilemas
também faz mais sentido.
Por falar nisso, to com algo
aqui me inquietando e quero falar. É que o
site http://casadamaejoanna.com/ que tem como áreas de
interesses: feminismo, gênero e muito mais, afirmou no
artigo Internet e o Feminismo Belicoso, uma grande dificuldade com as
limitações do feminismo de internet.
O fato pede interação, não para concordar
ou discordar de artigos ou bandeiras, mas se a internet é um lugar de fala que
as vezes (ou muitas) também silencia qualquer pessoa, e se é verdade que o
feminismo de internet tornou-se uma batalha entre nós mesmas, o melhor discurso
ou a melhor interpretação como está no artigo... Então, ai é que reafirmo
minha grande mania de diferenciar as coisas umas das outras e por isso me
lanço a ficar repetindo ideias e significados, por quanto eu acho que devo
falar que uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa, e por isso a risada
(lembrada) come solta quando estamos juntas eu e aquelas amigas incríveis que
conseguem acabar com todo o meu senso de realidade nos dias de Lulus.
Vida que segue, uma coisa é
aceitação, outra coisa é adaptação e repressão.
“Quando o poder das nossas palavras se vira contra nós mesmas, o feminismo vira um campo de batalha agressivo e silenciador, chato e contraproducente. Expostos ficam os limites dos próprios feminismos, de dialogarem entre si, de coexistirem.”
Assim, em dias tenebrosos como estes (horrorizada com a Polícia espancando manifestantes e amassou o cranio do rapaz...), me surgem diversas façanhas e uma vem lembrar o quanto eu gostava de falar por horas na orelha da madrecita sobre como o mundo mudou, de como eu e a Olga participamos de coisas importantes e de qual mulher (mulheres) ela pode se orgulhar. Na verdade, acho que ela se orgulha, mas suas culpas e medalhões quebrados e ultrapassados deram a real, de que somos herdeiras de uma história complexa, uma luta real feminista, doméstica e avassaladora do senso comum brasileiro.
Tenho pena e reluto a aceitar,
mas como uma simples operadora de caixa desempregada que estudou artes, ainda estuda muito, cursou
até o 5º semestre da faculdade, trancando e abrindo a matrícula por inúmeras
vezes, pode sonhar e sonha em se formar e lecionar o que mais entende e ama?
Difícil não temer ficar igual e obsoleta.
Como não retratar essas coisas? Talvez me
unindo novamente as minhas iguais consiga dar sentido aos meus dilemas e me
retratar mais.
A gente pode sim, mesmo fora de contexto, nos dispor à dinâmica do fazer o melhor, sempre esperando coisas incríveis
de projetos e interações. Mas temos que aceitar críticas e fazer auto-críticas. O erro é construtivo, não tenhamos visões destrutivas das coisas. O mangue é a maior biodiversidade natural porque não explora sua riqueza visual, ele está lá produzindo, sendo feio ou bonito tá cheio de vida alimentando o planeta!
Vamos meninas sem medo de errar, nos compadecermos, nos aceitarmos e nos unirmos para produzir coisas boas e as ruins, as velhas marras do sistema a gente rompe, mas não precisamos de uma tragédia medida passo a passo pelos notíciários. Precisamos denunciar o que está errado mostrando o que é certo. Lutemos com fé. Achando lindo até mesmo nossos próprios erros de mulher, quem sabe assim não ganhamos a confiança da outra pra aceitar mais as coisas também?
Beijão a tod@s e como sempre sejam bem vind@s!
Comentários
Postar um comentário